Dez empresas querem o Centro de Hemodálise

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Previsão é que serviço comece a ser prestado na Tijuca ainda este ano O grande drama dos pacientes dialíticos de Teresópolis pode ter fim este ano. Publicado na última semana o edital de chamamento público para seleção de empresa especializada para equipar e administrar o Centro de Hemodiálise construído no bairro da Tijuca. A partir daí, as firmas têm um prazo de 45 dias para retirar o edital e apresentar suas propostas, sendo acrescido, no máximo, mais 90 dias após a finalização do certame para o início da prestação do serviço. O documento disposto no Departamento de Licitação da Prefeitura foi apresentado e aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde no final do mês de junho. Presidente do órgão, Valdir Paulino da Rocha tem acompanhado o caso de perto e informou à reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV nesta terça-feira que o número de interessados em administrar o espaço público é grande. “Já temos várias instituições interessadas em participar. Ontem estive na Licitação e constatei que já são 10 empresas que irão concorrer ao edital, tendo que começar a trabalhar até 90 dias depois. Entre as que vão concorrer estão a que já atende ao pessoal em Itaboraí e a do Dr. Wilmar, que atendia quando o serviço acontecia no HCT”, informou

Paulino explicou ainda que a empresa que vencer o certame também prestará outro serviço fundamental para os pacientes da diálise, o de contratação de um hospital de retaguarda para atendê-los quando passarem mal. “Não é só fazer a diálise, tem que ter essa retaguarda, que vai ficar também na responsabilidade da firma vencedora”, enfatizou o Presidente do Conselho, que espera que, finalmente, o serviço possa acontecer de forma plena no município. “É isso que nós queremos, que precisamos que funcione. É um transtorno muito grande que esses pacientes têm, levando duas horas para ir e duas horas para voltar de Itaboraí, sem contar que o pessoal que mora no interior ainda tem que sair de casa muito mais cedo para conseguir esse atendimento essencial à vida”, disse. O Centro de Hemodiálise de Teresópolis foi concebido para ser referência no tratamento dialítico na região. O prédio segue os mais rigorosos padrões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e terá capacidade para atender até 35 pacientes simultaneamente,podendo funcionar em três turnos distintos.
MP também está de olho
Assim como emoutras demandas por conta da crise administrativa e política da prefeitura, a 2ª Promotoria de Tutela Coletiva – Núcleo Teresópolis instaurou três inquéritos nos últimos meses para tratar do caso da hemodiálise, que já gerou a morte de 58 pessoas desde que o atendimento passou a ser realizado em outro município. “Essa questão dos pacientes da hemodiálise é a ordem do dia da Promotoria, toda semana estamos tratando alguma questão relacionada ao assunto. Temos três inquéritos, um sobre questão da fiscalização quanto à construção do centro de hemodiálise, outro que fiscaliza as condições do transporte, da qualidade do transporte desde que começaram essa via crucis até Itaboraí e quanto ao lanche que é servido aos pacientes da hemodiálise na viagem. Recebemos reclamação dos próprios pacientes, que informam, por exemplo, que as frutas do suco são frutas que os pacientes renais não podem consumir. Levamos essa informação até o Secretário de Saúde, ao Presidente do Conselho de Saúde, para chegar uma solução e equacionar o problema. Outro inquérito é a respeito da definição de um hospital de retaguarda para atender esses pacientes”, explicou Promotor Uriel Gonzales Soares no início do mês, informando que, primeiro, o MP vem tentando a resolução dos problemas de forma extrajudicial, tratando diretamente com os gestores para que haja melhoria no atendimento. “São duas lutas. A para responsabilizar os culpados, que não resolvem esse problema, e outra, mais urgente, que é fazer alguma para evitar que novas mortes aconteçam”, completou o representante da Promotoria. O Centro Municipal de Diálise, no bairro da Tijuca, teve as obras concluídas no final do mês de maio – vários meses após o prazo apresentado incialmente pela prefeitura. Porém, o espaço ainda não está em funcionamento porque falta a contratação de equipamentos e pessoal. Em reunião com comissão de funcionários públicos nesta terça-feira, o Promotor foi questionado sobre o fato de tais etapas não terem sido realizadas simultaneamente à construção do prédio – o que permitiria a sua utilização pouco depois a conclusão da obra. “Fiz essa pergunta ao secretário pessoalmente, o porquê de não ter contratado essa empresa antes. Ele justificou que não estava à frente da secretaria durante a construção, mas explicou que a contratação do prestador de serviço, da empresa que vai equipar, operacionalizar, só poderia ser feito com a finalização da planta do centro de hemodiálise. Daí, houve imbróglio sobre a definição dessa planta, pois vieram técnicos do Estado para fazer planta e, depois de aprovada até no Conselho Municipal de Saúde, foi modificada. Ele informou que existe atualmente um edital para contratação aprovado no Conselho Municipal de Saúde, para que se licite a empresa prestadora do serviço, mas que se não houvesse esse problema essa contratação poderia ser abreviada em 30 dias. Não sei procede, por isso vou buscar o apoio técnico devido para que isso seja efetivamente analisado”, informou.
Fonte: Net Diário – 30/07/2015
 

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