CFM realiza primeira reunião da Câmara Técnica de Nefrologia

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O Conselho Federal de Medicina realizou em 03 de setembro/2015 a primeira reunião da Câmara Técnica de Nefrologia. Estiveram presentes o conselheiro do CFM, Dr. Donizetti Dimer Giamberardino Filho, o Dr. Flávio José Dutra de Moura, tesoureiro da ABCDT e a Dra. Carmen Tzanno, presidente da SBN.
O objetivo da reunião foi discutir resposta de pareceres, suporte técnico e validade dos procedimentos.

Entre os temas debatidos esteve:
A) A disponibilidade de vagas na residência médica em nefrologia em decorrência de uma diminuição progressiva ao interesse dos médicos pela especialidade. Tal fato tem como possíveis causas: baixa remuneração dos profissionais, retração das clínicas de diálise em decorrência de um valor que não sustenta o negócio remunerado com a tabela SUS, exclusão dos valores de honorários médicos na tabela de TRS com o "empacotamento" dos valores.
B) Abrangência dos códigos de procedimentos aos realizados pela nefrologia sem a devida cobertura: MAPA, biópsia óssea, ecografia renal, ecodoppler de FAV, implante de acessos vasculares provisórios e definitivos, implante de cateter para diálise peritoneal, imunofluorescência nas biópsias renais, entre outros. Assim como, a incorporação de métodos de terapia renal substitutivo atuais: hemodiálise domiciliar e HDF crônico.
C) Na área da política pública, foram discutidas incongruências da portaria nº 389/2014, correlacionando aumento do procedimento com assistência a população com IRC estágio IV e V. Mediante os dados apresentados pela presidente da SBN, Dra. Carmen Tzanno, o resultado da operação será negativo ao prestador.
De acordo com a Dra. Carmen, há uma grave crise de disponibilidade de vagas para assistência ao paciente com IRC estágio V com necessidade de terapia renal substitutiva. Essa é uma evidência do caos instalado nas redes assistenciais do SUS com pacientes urêmicos sem acesso ao tratamento ou quando há, é de maneira inadequada com tempos reduzidos (12 horas semanais).
Em virtude da gravidade, o conselheiro do CFM acionou o departamento de comunicação do órgão para coleta de dados e informações visando divulgação na grande mídia chamando a atenção das autoridades quanto ao quadro vigente de assistência ao paciente com IRC.


 

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