Clínicas de hemodiálise seguem sem pagamento em Ananindeua, mesmo com repasse do SUS

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Ministério da Saúde confirma transferência de recursos à Prefeitura, mas valores não foram repassados às unidades que atendem pacientes renais

As clínicas responsáveis pelo atendimento de pacientes renais crônicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Ananindeua (PA) estão há mais de 12 meses sem receber os valores referentes aos serviços prestados, mesmo após o Ministério da Saúde confirmar o repasse regular dos recursos à Prefeitura.

Segundo informações obtidas junto a fontes ligadas ao setor, a gestão municipal, sob responsabilidade do prefeito Daniel Santos (PSB), não efetivou os pagamentos às unidades contratadas para realizar os procedimentos de hemodiálise, o que compromete a continuidade dos atendimentos.

Ministério da Saúde cobra explicações

Em resposta à situação, o Ministério da Saúde solicitou explicações formais à Prefeitura de Ananindeua. A gestão informou que a causa da suspensão estaria ligada a uma auditoria interna, mas não apresentou documentos que comprovassem a existência ou a conclusão do processo.

A apuração aponta que a auditoria teria reconhecido um débito de R$ 3.613.195,65 com a clínica CEHMO, uma das prestadoras do serviço. Ainda assim, o pagamento não foi efetuado até o momento.

Após nova cobrança por documentação e justificativas formais sobre o não repasse, a Prefeitura de Ananindeua não retornou às solicitações do governo federal.

Risco de bloqueio de recursos

Diante da ausência de resposta e da persistência da inadimplência, o Ministério da Saúde avalia a suspensão dos repasses do SUS ao município até que a situação seja regularizada. A medida é considerada de alto impacto, já que pode comprometer outros serviços de saúde pública financiados com recursos federais.

O possível bloqueio de verbas representa um risco direto à assistência de dezenas de pacientes renais que dependem da hemodiálise para tratamento contínuo. Profissionais da área alertam para a urgência da regularização, a fim de evitar a interrupção de um serviço considerado vital.

“Solicitamos, por e-mail, um posicionamento da Prefeitura de Ananindeua sobre as denúncias e aguardamos retorno.”

Fonte: Para Web News