Prefeituras não fazem repasse a clínicas e pacientes de hemodiálise no RJ temem pela vida

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Clínicas em São Gonçalo e Duque de Caxias ameaçam fechar as portas. Ministério da saúde afirma que repassou verba, mas atraso dura três meses e já acumula dívida de R$2,5 milhões.
acientes do SUS que fazem hemodiálise na Baixada Fluminense e em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão ameaçados de ter o tratamento suspenso. As clínicas conveniadas reclamam que não estão recebendo repasses da prefeitura e dizem que podem fechar as portas, ameaçando o tratamento de pacientes que dependem da hemodiálise para viver.
“Fica extremamente difícil sustentar. Por ora estamos mantendo, mas vai ficar inviável. É inviabilizar, tem folha, fornecedores, fico preocupado porque o tratamento fica inviável, pacientes correm risco de vida”, afirma Jorge Arnaldo Menezes, diretor técnico da clínica.
Há dezessete anos, a vida do paciente Ivanir Gomes de Matos depende da hemodiálise. Doente renal crônico, ele faz três sessões por semana em uma clínica conveniada ao SUS, em Nova Iguaçu. Ele e mais 300 pacientes cuidam da doença no local e agora estão com o tratamento ameaçado por falta de dinheiro.
“O significado final é a morte. A coisa certa é que todos nós iremos morrer. A gente só não sabe o tempo que vamos resistir fora do tratamento.”, Ivanir Gomes de Matos. O paciente Marcelo Foligno também teme pela vida.
“As clínicas tão todas superlotadas. Se aqui parar, não sei o que pode acontecer mais tarde. Se trata de vidas aqui dentro. Aqui são pessoas que têm problemas que tão correndo atrás de sobrevivência”, diz o paciente Marcelo Foligno.
O tratamento está ameaçado porque falta dinheiro. Embora o Ministério da Saúde tenha repassado o dinheiro para a prefeitura, a clínima afirma que não foi paga pelo municíoio e o atrado de três meses já acumula uma dívida de quase R$2,5 milhões.
Outras duas clínicas, em São Gonçalo e Duque de Caxias, também estão sofrendo com os atrasos nos repasses.
“Isso é uma bola de neve. Isso vai levar ao caos na diálise. A gente tem um tratamento hoje, na Baixada Fluminense, de qualidade que vai caindo, vai caindo e vai chegar uma hora que as clínicas vão fechar as porta”, preocupa-se Gilson Nascimento da Silva, presidente da Associação das Renais e Transplantados do Rio de Janeiro.
Fonte: G1 – http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/prefeituras-nao-fazem-repasse-a-clinicas-e-pacientes-de-hemodialise-no-rj-temem-pela-vida.ghtml – 23/05/2017

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