Petrolina é considerada referência na captação de órgãos em Pernambuco

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Em 2015 número de doações foi de 45. Este ano, somente até o mês de julho, já foram realizadas 32 doações.
Pernambuco tem 1.223 pessoas na fila de espera para transplante de órgãos. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde. A fila para quem espera por um rim é a maior: 810 pacientes estão no aguardo. Em seguida, está a espera por córneas, 309 pessoas. Para transplante de fígado existem 70 inscritas. Petrolina está sendo considerada referência na captação de órgãos para doação no interior do estado.
Em 2014 foram realizadas 18 doações. Em 2015 o número subiu para 45 e este ano, somente até o mês de julho, já foram realizadas 32 doações.
A dona de casa, Luciana Marques, foi uma das felizardas a receber um órgão doado. Ela descobriu aos 15 anos que tinha insuficiência renal crônica, ou seja, os dois rins não funcionavam. Com isso, ela precisou fazer hemodiálise três vezes por semana. Mas há dois anos ela recebeu um rim de um doador que tinha morrido e, atualmente, toma alguns medicamentos para não ter rejeição do órgão.
“Hoje eu vivo uma vida normal. Na hemodiálise eu era presa, não podia sair, não podia passear, nem beber água. Hoje eu me sinto agradecida porque eu posso beber muita água. É uma vida normal”, disse Luciana
Para tentar acelerar estas doações, a Força Aérea Brasileira (FAB) autorizou o uso da aeronave para o transporte de órgãos e tecidos. Desde o mês de junho, quando o serviço começou a funcionar, já foi utilizado, inclusive, em Petrolina. Do município, já saíram três órgãos: um coração em junho e um coração e um pâncreas em julho.
Porém, mesmo que sejam disponibilizados recursos para diminuir a espera de quem tanto precisa, é necessário que os doadores informem aos familiares sobre o desejo. “A gente conscientiza, a gente conversa e explica a importância da doação para aquela família que está no momento de dor, perdendo aquele ente querido. Ela entende a importância da doação e que aquela pessoa pode se perpetuar em outra ajudando outras famílias”, explicou a gerente da Organização de Procura de Órgão (OPO), Samyra Moraes.
Fonte: G1 g1.globo.com – 09/08/2016