Nefrologistas do HSJD são dispensados em Divinópolis

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Médicos têm até 30 dias para deixarem os cargos.
CRM irá analisar a situação e abrir sindicância para apurar o caso.
Seis médicos que compõem o corpo clínico do Hospital São João de Deus (HSJD) foram dispensados na última semana em Divinópolis. Os médicos que atuam no setor de nefrologia do hospital receberam uma notificação e têm até 30 dias para deixarem o cargo. Segundo a Fundação Geraldo Corrêa, que administra o hospital, a equipe não concordou com a nova política de pagamentos. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que irá analisar e abrir uma sindicância para apurar o caso.

Os nefrologistas fazem parte de uma clínica terceirizada, que presta serviço na cidade há 20 anos. Cerca de 220 fazem hemodiálise no hospital e 70 se tratam em casa. O chefe de nefrologia, Edson Vasconcelos, afirma que desde outubro do ano passado tentava renovar o contrato com a fundação que administra o hospital.
Ele ainda disse que desconhece as causas que motivam o desligamento, mas acredita que não está ligado à remuneração. "Foi uma surpresa para nós essa notificação. Entre os pacientes chegou a uma situação delicada porque são os pacientes que mantêm uma ligação afetiva com os médicos e de uma hora para a outra fomos desligados", relatou Edson.
O superintendente da fundação responsável pelo hospital, Afrâncio Silva, ressaltou que apesar de a clínica ter sido desligada, a negociação com os médicos ainda está aberta. Afrâncio ainda afirmou que a rescisão ocorreu porque a equipe não concordou com a nova metodologia de pagamentos do hospital. "Essa metodologia foi aplicada em outras clínicas e, a partir do momento que não tivemos um acordo, tivemos que rescindir os contratos. Agora, depois do término das atividades desse grupo vamos iniciar um novo modelo assistencial", disse.
Segundo o superintendente, o serviço não ficará prejudicado e explicou que caso seja necessário outros especialistas serão contratados. No próximo domingo (7) haverá uma reunião no hospital para tirar dúvidas de quem precisa do atendimento.
Fonte: G1 – 03/09/2014 

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