Doença renal infantil – Especialista alerta para infecção urinária

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Desfralde na fase correta está entre as formas de prevenir a doença. Quando não tratada de forma correta, infecção urinária pode progredir para insuficiência renal
Há quem pense que a doença renal é coisa só de gente grande. Ledo engano. Elas podem surgir também em crianças. Uma das causas de doença renal são as infecções urinárias da infância, que se não tratadas corretamente podem acarretar em perda das funções renais prematuramente. Os pais devem ficar alerta a alguns sinais.

Dr. Artur Wendhausen, nefrologista infantil da Fundação Pró-Rim, afirma que existe uma pré-disposição em algumas crianças a apresentarem infecção urinária. Nestas, onde detectou-se, durante pré-natal, má-formação no trato urinário, sintomas como febre persistente, diminuição do volume urinário, irritabilidade, perda de peso, dificuldade de ganhar peso, são sinais que devem chamar atenção da mãe, “pois a criança pode apresentar algum tipo de complicação da doença diagnosticada previamente”, destaca o especialista.
Mas, atenção, para as crianças que, durante pré-natal não houve qualquer diagnóstico referente, “a febre sem foco definido é o principal sintoma que deve chamar atenção”, destaca o nefrologista.
Como orientação, o especialista informa que “o momento do desfralde certo é fundamental para a saúde renal da criança. Por volta dos dois anos e meio é a fase que chamamos de lactentes e a principal doença delas relacionadas ao trato urinário, a infecção urinária”. E completa. “A antecipação do desfralde, que as vezes as mães, as avós, madrinhas, acham que é interessante, principalmente antes dos dois anos de idade, vai causar problema na criança posteriormente. Então, são crianças que as vezes aos 4, 5 anos de idade, começam a apresentar sintomas de incontinência, retenção urinária, pela retirada precoce da fralda”.
E finaliza “O ideal é que a criança seja treinada no troninho, ou no penico, porque isso possibilita que elas façam coco e xixi agachadas, aumentando a pressão intra-abdominal, onde fazem a contração da musculatura abdominal, facilitando o esvaziamento da bexiga e do intestino. Quando elas são orientadas a usar o vaso sanitário, em que elas ficam com a perna balançando, elas perdem essa possibilidade de aumentar a pressão intra-abdominal e o esvaziamento da bexiga e do intestino ficam incompletos, favorecendo a presença de resíduo miccional e consequentemente a infecção urinária”.
Quando procurar um especialista?
Para o especialista, “o pediatra deve acompanhar casos como, criança com infecção urinária de repetição; com infecção urinária de difícil controle; crianças com distúrbio das eliminações como incontinência, retenção; crianças que apresentam xixi com sangue ou cólica renal, ou até inchaço sem explicação aparente.
O nefrologista pediátrico solicitará – dependendo do caso – exames conforme a patologia que a criança apresentar. “Mas sempre a avaliação da função renal é importante, através do exame de sague que mede a ureia e a creatinina, exames simples de urina, que nos dá várias informações de como esse rim está concentrando a urina, se está retirando as impurezas do sangue, cultura de urina para detectar a presença de infecção urinária, e de suma importância, no exame clínico na criança, investigar se há antecedente de nefropatia seja na família ou diagnóstico prévio, mensurar a pressão arterial de maneira rotineira”. Caso a criança não tenha antecedente, é importante que os exames sejam feitos a partir do 3º ano de vida, para a mensuração da pressão arterial para diagnóstico precoce.
 

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