ABCDT participa de reunião no Ministério da Saúde

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O diretor técnico da ABCDT, Dr. Paulo Luconi, participou na última quinta-feira (21/11/2013) de uma reunião com o Secretário de Atenção à Saúde, Dr. Helvécio Miranda Magalhães Júnior. Também estiveram presentes a Dra. Carmen Tzanno, o Dr. José Euber Soares e o Dr. João Carlos Biernat, ambos associados da ABCDT. O encontro foi agendado por intermédio do presidente da Câmara Federal, Dep. Henrique Eduardo Lyra Alves, atendendo ao pedido do Dr. José Euber Soares que inicialmente pontuou as imensas dificuldades enfrentadas pelas clínicas de diálise.

A reunião como sempre decorreu em clima de cordialidade e o Dr. Helvécio se mostrou disposto a tentar mudar o atual cenário da nefrologia. Primeiramente foi discutido a questão da rede de cuidado reno-cardiovascular, elaborada pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia. A rede tem como meta criar serviços de nefrologia que ofereçam diálise e consultas, objetivando prevenção e retardo da entrada em programa de TRS. Porém, necessita da colaboração e adesão opcional das clínicas de diálise e dos gestores (pactuação). A rede usa como parâmetro o valor de uma sessão de HD. No entanto, o valor da sessão está defasado e a implementação desta rede depende de investimentos de infra-estrutura além de RH.
O Manifesto da ABCDT com cerca de 750 assinaturas de médicos nefrologistas, conseguidas através do Nefroforum, em excelente trabalho capitaneado pela Dra. Carmen Tzanno, reivindicando o reajuste imediato da sessão de hemodiálise e o pagamento às clínicas de diálise pelo atendimento ao paciente renal nos estágios 4 e 5 em ambulatório foi entregue ao Secretário. O Dr. Paulo Luconi apresentou dados que comprovam que para a implementação da rede de cuidados é necessário um reajuste imediato de R$ 232,00 no valor da sessão de hemodiálise, que está totalmente defasado. “Um levantamento feito pela ABCDT mostra que o tratamento conservador da DRC economiza R$ 1,100 bilhão (um bilhão e cem milhões de reais) ao ano, com redução nas internações e redução no número de novos pacientes em diálise, poupando ainda 27.000 vidas”, declarou Dr. Luconi. A ABCDT apóia o modelo proposto pelo Ministério, no entanto, é necessário que além do reajuste, haja um incremento sobre o valor oferecido para a atenção secundária para suprir os custos tornando o modelo sustentável financeiramente ”, acrescentou.
A Dra. Carmen ressaltou as dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor, a falta histórica de contratualização, de reajustes adequados, o endividamento das clínicas e a falta de RH. “Para implementar a rede seria necessária a adequação das clínicas quanto a infra-estrutura, o que demanda verbas. E o perdão das dívidas tributárias das clínicas, como aconteceu com as Santas Casas, e a implantação de financiamento a juros baixos poderiam dar um fôlego para as clínicas, afirmou Dra. Carmen.
De acordo com o Secretário, o Ministério tem interesse na implementação de serviços de nefrologia e que assim que for feita a pactuação com os gestores, a portaria deve ser publicada. Possivelmente a publicação seja feita em dezembro/2013. “Reajustamos as questões mais emergenciais na nefrologia (agudos, acessos e sessão de HD infantil). Mas ainda falta verba no MS para o realinhamento proposto e dependemos do orçamento/2014 ser aprovado”alegou Dr. Helvécio.
O Dr Helvécio reconheceu as dificuldades enfrentadas pela nefrologia brasileira, achou justo os valores apresentados e se prontificou a tentar juntamente com o Dep. Henrique Eduardo Alves a liberação de uma verba no orçamento para atender os pedidos apresentados.
 

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