A enfermagem na nefrologia

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Ter, 21 de Maio de 2013

Especialização exige preparo rigoroso e dedicação
A enfermagem exerce um papel muito importante no cuidado com a vida. Os enfermeiros, técnicos e auxiliares são os principais responsáveis pelo acolhimento do paciente, acompanhamento, pela medicação e por proporcionar bem-estar.

Na nefrologia esta atenção no cuidado com a saúde é redobrada, considerando a complexidade nos tratamentos de diálise peritoneal, hemodiálise e transplante. O presidente da Pró-Rim Dr. Hercílio Alexandre da Luz Filho valorizou este papel em seu artigo publicado no site da Fundação sobre o Dia do Enfermeiro (12/05), no qual, destaca a enfermagem como a linha de frente no tratamento dos renais crônicos, que precisam de apoio, dedicação e de técnica profissional.
Os pacientes chegam à Fundação Pró-Rim fragilizados e às vezes até sem vontade de viver. Com a ajuda desse profissional começam a visualizar uma nova vida, um recomeço. Para isso, a equipe de enfermagem precisa estar segura e preparada, por meio de capacitações, de aperfeiçoamentos na área e da ajuda de toda equipe multidisciplinar.
A enfermeira Jacemir Samerdak trabalha na Pró-Rim há 24 anos e sabe muito bem a importância dessa atualização constante. Atualmente é ela quem gerencia a enfermagem em todas as unidades com o apoio de 26 enfermeiros e 167 técnicos. “O serviço de enfermagem cresceu muito desde que comecei aqui e isso mostra a credibilidade do nosso trabalho, o potencial da equipe e a responsabilidade que temos na área da saúde”.
Enfermeiras que escolheram a Nefrologia
A enfermeira Astrid Margarete Leonhardt trabalha na área há 36 anos. Destes, 21 são dedicados a Nefrologia do Centro de Tratamento de Doenças Renais – CTDR, especificamente no atendimento de pacientes internados, com dificuldades de locomoção e em fase terminal.
Depois da formação técnica, Astrid optou pela graduação em enfermagem e posteriormente especializou-se em Nefrologia. Hoje ela se sente plenamente realizada com sua escolha e por toda experiência adquirida ao longo do tempo.
Diferente de outras atuações da enfermagem, na Nefrologia há pouca rotatividade no atendimento. Normalmente os pacientes se tornam conhecidos da equipe. Estão quase sempre em consulta ou realizando procedimentos conforme o quadro clínico. As relações se estendem por anos, criando um vínculo maior entre ele e o profissional.
Para Astrid essa é a melhor e pior parte do trabalho. “Somos preparadas para separar o profissional do pessoal, a lidar com perdas, mas às vezes é impossível não sofrer com eles ou não se envolver com sua necessidade”.
Ela enfatiza duas palavras quando fala do que os pacientes mais precisam “Dedicação e cuidado. A atenção e o sorriso conseguem sempre amenizar a dor e o sofrimento”, completa.
Para Elviani Basso Moura – enfermeira do Ambulatório de Transplantes da Pró-Rim há dois anos – ser enfermeiro é atuar em uma profissão cuja essência é, mais uma vez, o cuidado integral ao ser humano, com conhecimento técnico, cientifico e respeito ao próximo. Ela optou pela Nefrologia durante a faculdade, em grupos de estudos e nos estágios que envolviam a área. “Acredito que a enfermeira possui uma atuação muito importante, visto a complexidade da nefrologia e do paciente renal crônico”.
Denise Bizzi Guterres divide a mesma atividade com Elviani na Fundação e traz o processo de ensino-aprendizagem como característica principal da enfermagem com o paciente transplantado. De forma ativa os profissionais proporcionam oportunidades de aprendizado para os pacientes que enfrentam um desafiador percurso para conseguir um órgão e sobreviver. Mesmo depois do transplante eles ainda continuam sendo assistidos pela equipe para que desenvolvam atividades que contribuam para o sucesso do transplante.
Edilaine Vieira Fialek, enfermeira que coordena a CCI – Comissão de controle de infecção relacionada à assistência à saúde – da Pró-Rim, diz que foi a nefrologia que a escolheu: “Eu aceitei o desafio, me atraí”, completa. A Nefrologia no campo da infecção, segundo ela, é uma área com pouca pesquisa e está num momento de crescimento e evolução científica, motivo que levou Edilaine com 10 anos de formação na área a enxergar uma nova oportunidade profissional.
Estes são exemplos que trazem orgulho para a Fundação Pró-Rim e que representam apenas uma parte de toda a equipe de enfermagem que acolhe os pacientes renais sempre com muito amor e conhecimento, sem deixar de lado o sorriso.
Sobre a Fundação Pró-Rim (www.prorim.org.br) – A Fundação Pró-Rim é uma entidade sem fins lucrativos com 25 anos de atuação. Realiza tratamento de doenças renais crônicas e possui unidades em Santa Catarina e Tocantins. Está entre as 10 instituições que mais realizam transplantes no país e foi a primeira unidade de hemodiálise de SC a receber o nível máximo de Qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Pelo quarto ano consecutivo foi eleita pela Revista Exame, como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. 

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